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O que é autismo regressivo?

22.02.2023
Autismo

O autismo regressivo, também conhecido como autismo tardio ou transtorno desintegrativo da infância, é uma condição rara dentro do transtorno do espectro autista (TEA). Este quadro se caracteriza pela perda gradual e significativa de habilidades sociais e cognitivas após um período de desenvolvimento aparentemente adequado.

Na maioria dos casos, o autismo regressivo é identificado quando a criança começa a perder habilidades que já havia desenvolvido, como a capacidade de se comunicar verbalmente, a interação social e o contato visual. Essa regressão pode ser observada por volta dos 18 a 24 meses de idade e pode se estender até os 4 anos.

As características do autismo regressivo variam entre os pequenos, mas geralmente incluem a perda acentuada de habilidades de comunicação e interação social. Além disso, pode-se observar alterações no comportamento e nos hábitos alimentares e de sono.

O que causa o autismo regressivo?

A causa específica ainda é desconhecida, mas estudos indicam que pode estar relacionado a fatores genéticos, ambientais e neurobiológicos. Um dos fatores que tem sido considerado é a poda neuronal, um processo natural de eliminação de sinapses e neurônios que ocorre no cérebro durante o desenvolvimento.

Em um estudo publicado na revista “Neuron” em 2014, os pesquisadores analisaram o cérebro de crianças com autismo tardio e compararam com o cérebro de crianças com autismo não regressivo e de crianças neurotípicas.

As crianças com autismo regressivo apresentavam uma maior quantidade de sinapses e uma menor quantidade de neurônios do que as crianças neurotípicas. Além disso, os pesquisadores também observaram uma diminuição na expressão de genes relacionados à poda neuronal nas crianças que regrediram habilidades.

Esses estudos sugerem que pode haver um distúrbio no processo da poda neuronal nos pequenos com autismo regressivo, o que pode levar a uma sobrecarga de informações e a uma diminuição na eficiência do processamento de informações no cérebro. No entanto, vale destacar que a relação entre a poda neuronal e o autismo tardio ainda está sendo estudada e explorada pela ciência.

Outros materiais científicos também sugerem que a perda de habilidades pode ser um sinal de outros problemas de saúde, como epilepsia ou doenças metabólicas.

Diagnóstico e intervenções

O diagnóstico do autismo regressivo é feito por profissionais de saúde qualificados, como psiquiatras, psicólogos e neuropediatras. É importante que os pais estejam atentos ao desenvolvimento de seus filhos e procurem ajuda médica imediatamente se notarem quaisquer mudanças significativas.

Os cuidados para este quadro geralmente incluem terapias comportamentais e educacionais, bem como intervenções médicas para lidar com quaisquer problemas de saúde subjacentes. O objetivo é ajudar a criança a recuperar as habilidades perdidas e a desenvolver novas habilidades de comunicação e interação social.

Embora essa seja uma condição desafiadora, existem recursos e suporte disponíveis para ajudar a lidar com os sintomas e melhorar a qualidade de vida. É importante buscar ajuda profissional para garantir que o pequeno receba a intervenção adequada e tenha a melhor chance possível de alcançar seu potencial máximo.

No canal do YouTube da Mayra Gaiato, tem um vídeo explicando o autismo regressivo. Confira:

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Autor(a): Equipe Instituto Singular

Psicólogas e Terapeutas

Esta dica foi escrita em conjunto por algumas psicólogas e terapeutas do Instituto Singular. Todos os artigos deste site são escritos por profissionais especializados em autismo e desenvolvimento infantil.

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