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Por que autistas gostam de movimentos repetitivos?

29.03.2023
Autismo

Algumas pessoas autistas podem apresentar mais interesse em movimentos repetitivos. Por exemplo, elas gostam de acompanhar a rotação da máquina de lavar, das hélices do ventilador ou das rodas dos carros.

Isso está relacionado diretamente às alterações no processamento sensorial, que é a forma como o cérebro recebe e interpreta os estímulos do ambiente. Indivíduos autistas têm percepções táteis e visuais diferentes quando comparadas às de pessoas neurotípicas e, com isso, eles se interessam e reagem de maneira fora do padrão aos estímulos externos.

Esse interesse é despertado da mesma maneira que pessoas fora do espectro se interessam por vídeos, telas e cenas sociais. É a mesma área do cérebro que se ativa e gera essa curiosidade.

Outro fator que podemos relacionar é a necessidade de previsibilidade dos autistas – a padronização que encontramos nesses movimentos repetitivos traz essa segurança e controle!

O que fazer em relação aos movimentos repetitivos?

Bom, é difícil controlar o acesso da pessoa aos movimentos repetitivos – afinal, eles estão presentes em todos os lugares: nas ruas, nas escolas, em casa…

O que é viável é a criação de materiais que utilizem desses padrões e do interesse do indivíduo para desenvolver habilidades funcionais, como a interação e a comunicação. Por exemplo, no caso da criança, pode-se aproveitar do movimento de rotação do ventilador para ensinar o pequeno a apontar, pedir, falar novas palavras e brincar.

É claro que, no momento em que esse interesse não estiver em alta, ele não deve ser incentivado. É importante observar quando esses movimentos repetitivos não forem o foco principal do indivíduo para aproveitar a brecha e auxiliar no progresso de outros aspectos do seu desenvolvimento.

Quer saber mais sobre o assunto? Confira o vídeo disponível no canal da Mayra Gaiato.

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Autor(a): Equipe Instituto Singular

Psicólogas e Terapeutas

Esta dica foi escrita em conjunto por algumas psicólogas e terapeutas do Instituto Singular. Todos os artigos deste site são escritos por profissionais especializados em autismo e desenvolvimento infantil.

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