Modelo Denver de Intervenção Precoce (ESDM)
O Modelo Denver de Intervenção Precoce (ESDM) é um dos métodos utilizados nas intervenções terapêuticas do autismo infantil. Em 2012, foi considerado uma das 10 maiores descobertas da área médica, de acordo com a revista Times.
É uma abordagem com comprovação cientifica, ou seja, quando bem aplicada, apresenta resultados comprovados de melhora.
O Modelo Denver tem como objetivo estimular com brincadeiras, seguindo a motivação e a liderança das crianças.
O Denver tem como suas principais fundamentações:
- Modelo Denver original (1981);
- Análise Aplicada do Comportamento (ABA);
- Treino da Resposta Induzida (Pivotal Reponse Training – PRT).
Com que idade a criança pode começar?
Podemos perceber as características do autismo desde que a criança ainda é bebê. Quanto mais cedo percebemos os indicativos, maiores serão as chances do pequeno se desenvolver sem atrasos.
Esse fato se dá porque a capacidade do cérebro de se moldar e se adaptar é muito maior nos primeiros meses e anos de vida. Por isso, a estimulação precoce é tão importante!
Essa forma de intervenção usa bastante jogos e brincadeiras, por isso, recomenda-se para crianças de até 5 anos.
Como é feita a intervenção no Modelo Denver?
As terapias com base em Denver devem começar com avaliação inicial, feita por um dos especialistas com o apoio de um “Check List”. Essa lista é um norteador de como será feito o trabalho, a partir dela o terapeuta é capaz de entender quais áreas que podem estar em atraso e traçar as metas para aquele pequeno.
A intervenção efetiva não se restringe ao consultório do psicólogo. Precisamos de profissionais na escola, nas atividades diárias, e, principalmente, do suporte familiar.
A orientação dos pais é essencial, não apenas para que entendam o espectro autista, mas também para estarem aptos a continuar o trabalho de estimulação no dia a dia. Quando a família domina a intervenção, a probabilidade da criança ter bons resultados é maior.
Modelo Denver na escola
Os pequenos com autismo podem ter grandes dificuldades na escola, caso a professora não saiba como mediar a rotina. Por isso, é essencial saber como integrar esse aluno nas atividades e incentivar as relações com os colegas, sempre de forma amorosa para que ele se sinta confortável no ambiente.
Os programas terapêuticos do Modelo Denver incluem a intervenção no contexto escolar com a capacitação de professores e presença de acompanhante terapêutico (AT). As ATs são supervisionadas pela terapeuta responsável do caso, para garantir que estão seguindo o programa, estabelecido na avaliação inicial.
A acompanhante funciona como uma sombra do pequeno, intervindo apenas quando a situação necessita de suporte extra. Ela auxilia, sobretudo, na comunicação expressiva e receptiva em grupo e gerenciamento dos comportamentos desruptivos.
Para apoiar o desenvolvimento da criança, o terapeuta da escola também é treinado. Ele é quem vai garantir que as rotinas sejam interessantes, que haja engajamento didático e atividades inclusivas, sempre respondendo com sensibilidade às demandas do aluno.
A importância do Método Denver
A maneira como os caminhos neuronais se formam nos primeiros anos, determina a capacidade que o cérebro terá por toda a vida. É importante que, nessa fase, a criança receba a melhor estimulação possível.
E a intervenção para esses pequenos com atrasos deve ser feita com terapias baseadas em metodologias comportamentais, por isso confiamos e trabalhamos tanto com o Modelo Denver.
Mesmo que um cérebro tenha alterações importantes, ele ainda é capaz de criar novas sinapses. Essa formação de novas redes neuronais até pode acontecer de forma mais lenta, mas sempre há capacidade de evolução, desde que se tenha um time especializado e de confiança.
Os pais e profissionais devem estipular metas e objetivos muito bem definidos, construídos junto com todos que cuidam da criança. Traçar planos para desenvolvimento do pequeno é importante para ter um norte de onde pretendemos chegar e, assim, caminharmos na mesma direção.
Para entender mais sobre Modelo Denver e qual a diferença desse método com o ABA, assista ao vídeo!